segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O POEMA DO BEM-COMUM... (*) (**)

Continuo interessado, com manifesta determinação (até aqui sem o menor êxito, infelizmente), em estudos esclarecedores sobre as verdadeiras causas que provocam um tipo de perda de memória que assumiu proporções de surto entre os políticos do Brasil.


É razoável que se encaminhe a investigação a partir de uma provável forma de amnésia. Nesse sentido, observei que a literatura médica não registra muitas variações desse tipo de anomalia (?) que se manifesta preferencialmente em determinado grupo social.

Não houve avanços nas pesquisas. A amnésia, em si, ainda de acordo o Houaiss, é definida “como a perda parcial ou total involuntária da memória.” Insistindo no assunto, entendi que poderia se tratar de um distúrbio com possibilidade de ser identificado e compreendido a partir da psicopatologia, um ramo da medicina dedicado ao estudo das transformações do modo de vida, do comportamento e da personalidade do indivíduo, que se desviam da norma e provocam sofrimento. E, por esse prisma, seria considerada uma enfermidade.

Mas, no caso específico dos políticos, os sofrimentos que a “amnésia” provoca, em vez de atingir os supostos “enfermos”, repercutem gravemente entre os cidadãos comuns que, quase sempre, são ludibriados na sua boa-fé em razão da onda de perda de memória que acomete principalmente os ocupantes dos cargos eletivos de maior relevância da Nação: presidentes da República, governadores, senadores, deputados, prefeitos etc.

Talvez a questão não tenha merecido maior atenção de Freud, o criador da teoria da alma, por não significar propriamente uma anomalia psicológica importante, mas, provavelmente, um desvio de caráter que apenas refletiria aspecto de personalidades ambíguas.

Expressando uma maneira dissimulada de autoproteção, a crise politiqueira não poderia, em respeito à verdade científica, ser tipificada como amnésia no sentido mais amplo.

De qualquer modo, tendo explicação científica ou não, dê-se o nome que quiser à “amnésia” em referência, a sua disseminação está fazendo escola e hoje é uma constante no cenário político-administrativo do País.

Por minha formação essencialmente humanística, é óbvio que estou tecendo estas considerações na condição de leigo em assuntos da área médica. É que (a exemplo de tantos outros brasileiros, maranhenses, são-luisenses) estou sendo vítima da traição, do engodo, do compromisso assumido e não honrado, da palavra empenhada e não cumprida, da falsidade, da hipocrisia de políticos inescrupulosos.

Esses personagens compõem o lado triste da vida. Não passam de reles impostores que tripudiam sobre a ética e nivelam por baixo a mais promissora, generosa e solidária potencialidade do ser humano: o dom de criar felicidade. A arte de promover a paz. A sabedoria de produzir desenvolvimento sustentável e distribuir justiça social. De se cumprir, enlevando-se na inspiração divina para compor o poema do bem-comum...



MEMÓRIA POLÍTICA DO ELEITORADO



Por sua vez, o sociólogo e professor Rafael Lucas Santos Valin, formado pela Unesp, faz uma espécie de simbiose entre as figuras do político pilantra e o eleitor alienado: “É absolutamente vergonhosa a falta de memória política do eleitorado brasileiro. A reaparição de antigos fantasmas prova que ao votar, os cidadãos não se lembram de governos e fatos passados. Apóiam-se em campanhas atuais e novas propostas de governo. Essas assombrações, contando com a amnésia política da população, realizam verdadeiras peças teatrais nos horários políticos, prometem “mundos e fundos” como em campanhas anteriores, que, muito provavelmente, não serão cumpridas. Um rouba, mas faz, outros contam com a influência prejudicial da mídia; muitas são as desculpas, poucos os argumentos factuais...”



O TROCO NO GOLPE JUDICIAL



Não há uma referência direta feita pelo intelectual. Mas até parece que o mestre estaria se referindo às recorrentes práticas político-eleitorais envolvendo os oligarcas tupiniquins e os seus seguidores. Todavia, a memorável jornada cívica de 2006, quando a Frente de Libertação do Maranhão impôs fragorosa derrota à dinastia reinante, representada pela herdeira Roseana Sarney, e elegeu o socialista Jackson Lago, justifica a crença na evolução da consciência crítica de nossa gente. Reforça, ainda, a confiança de que o golpe judicial que cassou o governador legitimamente eleito receberá o troco em outubro próximo...



DILEMA DA JUVENTUDE (*)



Em artigo publicado no JP, o jornalista e ambientalista Othelino Neto faz as observações que se seguem consideradas pertinentes, no momento em que aborda a importância fundamental da experiência e o dilema da juventude, a quem muitas vezes é negada a tão almejada e imprescindível oportunidade. Mas quando é contemplada corresponde às mais exigentes expectativas...



FRONTEIRA DA CIVILIZAÇÃO (*)



...“A experiência é uma das fronteiras da civilização. Portanto, deve ser considerada como elemento indispensável para que se concretizem os projetos humanos, quanto mais se forem decisivos como é o caso da preservação dos recursos naturais e do meio ambiente...



A RENOVAÇÃO É UMA EXIGÊNCIA DA NATUREZA (*)



...“Mas a renovação é uma exigência da natureza. Desde as coisas mais simples até as grandes conquistas científicas têm fases distintas até se chegar ao objetivo almejado. Têm começo, meio e fim. E se renovam. O novo, o revolucionário, também implica experiência. Há que acontecer, não surge aleatoriamente...



NAVEGAR É PRECISO... (*)



...“O Brasil estagnou durante mais de duas décadas, com repercussões imprevisíveis, porque sufocou a sua inteligência, inibiu a criatividade e impossibilitou a renovação de lideranças. Não há modelo pronto e acabado que anule os nossos receios e defina um futuro seguramente promissor. Temos que construí-lo com segurança, mas com certa ousadia. Navegar é preciso, viver é preciso. Quem tiver medo de tempestade não se lance ao mar...




A HISTÓRIA CONFIRMA (*)






A COLUNA DO OTHELINO



...“A história vem confirmando, com ações concretas e valorizadas essencialmente pela competência, zelo e responsabilidade pública, que os jovens, quando convocados, respondem com idealismo, vigor, eficiência e dignidade aos desafios que lhes são atribuídos.”



(*) OTHELINO NETO é jornalista e ambientalista (Trechos extraídos do livro O POLVO).

2 comentários:

  1. PARABÉNS AOS OTHELINOS!!!

    ESTE BLOG É UM DOS MAIS AGUARDADOS DA NOSSA SÃO LUÍS. AGORA PODEMOS CONTAR COM UMA OPINIÃO LÚCIDA, MADURA E VERDADEIRAMENTE OPOSTA (CONTRÁRIA) ÀS MENTIRAS DESSE POLÍTICOS QUE INSISTEM EM NOS CONVENCER DE QUE REPRESENTAM A MUDANÇA, QUANDO VEMOS QUE TUDO CONTINUA COMO DANTES NAS TERRAS DE ABRANTES!

    ResponderExcluir
  2. Acabo de confirmar pelo uol.com.br (às 12:33) que o TSE cassou a candidatura de janete caopiberibe. Como o Sr vê essa cassação? será um mau presságio para o jackson? Aposto que essa será a capa do ESTADO de amanhã. Alguém duvida?

    ResponderExcluir