sábado, 30 de outubro de 2010

O SUSPIRO DA OLIGARQUIA E A CAMINHADA HISTÓRICA DA LIBERTAÇÃO (*)

O resultado recente das urnas no Maranhão, sobretudo após o golpe judicial que impôs o comando do Estado à governadora biônica Roseana Sarney Murad requer uma análise mais aprofundada, desprovida de utopias e vanglórias, sentimentos antagônicos mais afinados, respectivamente, com idealistas e oportunistas.
Prevaleceu, de fato e até aqui de “direito” a influência dos usurpadores e sanguessugas do poder, useiros e vezeiros em práticas despudoradas, entre elas fraudes eleitorais sustentadas nos abusos políticos e econômicos, geralmente impunes.
Tripudiou-se mais uma vez sobre a vontade dos homens e das mulheres livres da nossa terra histórica e cruelmente explorada, não obstante breves hiatos de lucidez e compromissos com os destinos do Maranhão a cargo de mandatários legítimos.
  Daí explicar-se tão pequena celebração pela “vitória” desenxabida, sem calor humano, sem cheiro de povo. Quanta diferença do que foi visto, sentido, vivenciado coletivamente em outubro de 2006, na praça Maria Aragão, em todas as ruas e vielas de São Luís e dos mais diversos rincões do Estado!
Quem marcou aquelas festas? Certamente não foi a organização do Marafolia. Quem divulgou aquelas magníficas explosões de felicidade? Sem a menor dúvida, não foi o Sistema Mirante!
Quem viu alguma manifestação popular espontânea neste outubro de 2010? Talvez tenham ocorrido comemorações íntimas entre os membros da corte. No Calhau ou em Curupu, deve ter jorrado champagne, whisky, vinhos importados e coisa e tal e tal e coisa...,  com direito até a uma palhinha da querida “Marrom”  (Alcione).
Não se ouviram sinais de euforia entre os moradores do João Paulo, da Vila Itamar, do Anjo da Guarda, ali perto do Porto do Itaqui, na Capital Maranhense, por exemplo. Ninguém soltou foguetes na Beira-Rio, em Imperatriz etc.
Esta discrepância entre a repercussão da “conquista” do clã ensimesmado, salpicada de denúncias de derrame de dinheiro e indícios de ilegalidades em várias facetas e a apoteótica vitória popular com Jackson Lago serve muito bem de base no contexto dessa reflexão.
Sabe-se através de gerações que oligarquias, ditaduras ou quaisquer outros regimes autocráticos não sobrevivem aos verdadeiros e inexoráveis crivos do tempo e da história. É quando a verdade vem à tona, nua e crua.
A avaliação do tempo principalmente porque, de forma invariável, a praga do continuísmo espúrio inibe o menor estímulo à valorização do ser humano e muito menos ao desenvolvimento socioeconômico, tecnológico e científico sustentável e permanente.
A avaliação da história porque esta, sim, é implacável para com os déspotas e jamais confirma a versão dos “vitoriosos”, como se julgam os “eternos” senhores feudais. Novamente fala mais alto a ética, a dignidade, o senso de responsabilidade, o interesses público, a devoção ao bem-comum. Impõe-se a versão dos que primam pela honestidade, dos que cultivam a verdade e princípios nobres pautam seus ideais, suas ações e balizam seus valores. E, com toda certeza, oligarquias e ditaduras não se encaixam nestes parâmetros. Não podem, portanto, resistir à determinação histórica.
A certeza da derrota inevitavelmente causada pelo passar do tempo aterroriza os tiranos. E a fatídica exposição dos desmandos e crimes cometidos que a análise histórica conduz curva a frágil espinha das canhestras camarilhas que saqueiam o patrimônio coletivo e violentam a natureza e o meio ambiente.
É o suficiente para que elas baixem a crista e as suas vitórias ilegítimas se tornem libelos acusatórios. Consume-se o último brigadeiro do final de uma festa de décadas. Último doce sobre a mesa, mas este com sabor amargo de quem tem a casa para arrumar após a farra, a ressaca moral para curtir depois da orgia de poder...
Embriaguez e ressaca do dinheiro público, esbaldados no alheio celebram sem graça a última dança ao final do baile que deram para si. Tempo e História impiedosos com os tiranos. Celebração triste, vitória sem festa. Conquista sem brilho.
Por outro lado, os supostamente derrotados, nas suas trincheiras continuam a sua boa luta.
As oposições, mais do que nunca devem se unir. No caso recente, as vis e injustas acusações infringidas a Jackson Lago e Flavio Dino não passaram despercebidas.
José Reinaldo, Roberto Rocha, Edson Vidigal, Othelino Neto e outros homens de caráter e vocacionados para os ideais republicanos não estão em casa contabilizando suas possíveis perdas. Pelo contrário. A rota antes parecida, haverá de se tornar comum, reconhecendo-se suas semelhanças nos ideais em defesa da liberdade, do desenvolvimento sustentável e da justiça social. Nos compromissos elevados com o Maranhão e as suas gerações futuras. Vida com qualidade para todos (nunca mais para uns poucos) deve continuar sendo a palavra de ordem.
A esperança de um esfacelamento e da colisão dos libertadores, uns contra os outros, deverá ser inútil. Os novos líderes balaios têm muita coisa em comum. Muito desejo político de servir à sua terra. Estão mais maduros.
Manter as consciências críticas e os núcleos de base atuantes, incólumes diante do germe do mal, conquistando novos parceiros, tantos quantos forem possíveis é uma questão de honra. Unir, agregar valores! Somar esforços. Cerrar fileiras, batalhar juntos, é o caminho mais seguro a trilhar.
Não há por que se contrapor à união de eventuais adversários nos meios. Dificultar que eventuais divergências se dissipem e os bem intencionados se deem as mãos em favor de um Maranhão grandioso.
Partidos de esquerda ou não, desde que sejam constituídos por homens e mulheres honrados podem estar nas mesmas fileiras já em 2012, nos 400 anos de nossa São Luís amada. Muito mais pólos de lutas democráticas e populares devem ser estimulados. Vermelhos ou não, mas determinados em construir, solidariamente, a terra dos nossos sonhos, onde a felicidade seja partilhada entre todos os maranhenses.

LIÇÃO ARGENTINA I
Juan Domingo Perón: a maior influência política argentina do século passado teve tal domínio sobre os sistemas e a organização política de seu País que deixou como sucessora na presidência sua simpaticíssima esposa Eva Perón. Mas, como aprendeu Eva e como a oligarquia maranhense deveria saber, simpatia e maquiagem não garantem a manutenção do poder. A alternância não tardará de novo no Estado. Há de chegar a galope em 2014.

LIÇÃO ARGENTINA II
Já nos funerais de seu marido Néstor Kichner, a Presidente portenha Cristina Kirchner enfrentava sofrível avaliação popular. Fortes articulações políticas desfavoráveis. Franca perda de espaço de poder. Ainda assim, equivocadamente, proibiu a entrada de adversários políticos para um último adeus a Néstor. Respeitando o luto, dor só conhecida pelos que a sentiram na alma, fica o exemplo histórico.
Os potentados estaduais não têm, além do seu guru, um nome sequer que aglutine. Enquanto isso, se as oposições somarem esforços, de modo amadurecido e consciente de suas responsabilidades públicas, estarão suficientemente fortalecidas para dar um basta na tragédia maranhense dos dias atuais.

(*) Colaborou Fabiano Soares.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

VELHO COMBATENTE NOVA, NOVO! (*) (**)

Tenho escrito esta coluna nas últimas três semanas, descrevendo a realidade sócio-política estadual e nacional, com uma grande dose de pânico, por substituir interinamente um dos maiores nomes do jornalismo maranhense. E uma pequena pitada de vaidade pelo mesmo motivo.
Enquanto esteve ausente em função de seu tratamento de saúde o grande guerreiro Othelino Filho, pai exemplar, esposo apaixonado, escritor destemido, político ousado, socialista apaixonado (ainda se dando ao luxo de ser um cristão legítimo, como bom cearense que é) não cessou de ser mestre, não cessou de dar exemplo.
É incrível como para algumas pessoas a dor traz lições; o sofrimento fortaleza e as derrotas (que são derrotas apenas para nós, mortais) trazem novos sonhos e novas forças para lutar. Othelino é desses homens que forçados ao limite provam a todos de que matéria são feitos; dessas almas raras que se elevam acima da normalidade e da vulgaridade, da piedade que o comum pede, da complacência que o simples necessita. Ele é o combatente sempre novo, que respeitado por suas tropas, agora em idade e patente de “Oficial Superior”, exibe suas medalhas, que são suas feridas, com o orgulho legítimo de quem as obteve em combate; as adquiriu em batalha, não na covardia de uma retaguarda, nem no gabinete de um Governador ou de um Prefeito, como menino de recados.
Caluniado, atingido, traído e agredido, muitas vezes fisicamente por seus adversários, ele traz estas cicatrizes, algumas em sua pele, outras em sua alma. Cicatrizes que não o tornaram mal como os que contra ele se batem; marcas que não o estigmatizaram como Caim, o homem mal. Tampouco como um santo, antes disso, um homem real, de carne e osso que soube superar suas dores e transformá-las em bênçãos para os que o seguem e temor para os que o enfrentam.
Tendo perdido seu pai, Othelino Nova Alves, brutalmente assassinado, nos trágicos anos em que José Sarney era governador do Estado decidiu então se fazer grande, não por vaidade, mas por hombridade. Juntou do chão a bandeira caída, e ainda manchada do sangue daquele justo e fez dela seu estandarte. Crescendo como jornalista, advogado e defensor da justiça nas tribunas que lhe fossem cedidas.
Tendo-lhe sido tomada a certa eleição para Vereador da Capital, onde juntos dele, no legítimo MDB militavam grandes nomes de nossa política, ergueu-se mais como articulador, orador e eterno jovem militante de uma esquerda há muito perdida e hoje sepultada entre a cova do sectarismo e o mausoléu do oportunismo petista.
Othelino viveu grandes vitórias, e está sempre pronto a recordá-las na varanda de sua casa ou em qualquer reunião de amigos que participe, entre elas as vitórias de Jackson Lago, compadre e amigo de longa data, seus três mandatos de Prefeito de São Luís e sua ascensão ao governo do Estado do Maranhão, legitimamente posto pelo povo e acintosamente retirado por uma decisão judiciária esdrúxula e cínica. A eleição de João Castelo para prefeito de São Luís, entre outras.
Viu também seu filho Othelino Neto, outro colaborador desta coluna, ser o 35º Deputado Estadual mais votado de seu Estado neste último pleito (quando se elegem 42). Grande vitória nas urnas que, ainda que não tenha lhe valido de pronto a cadeira da Assembléia, assegurou- lhe perpetuamente a condição de líder estadual, referência em renovação dos quadros políticos e grande nome em políticas públicas, sobretudo de meio ambiente e recursos hídricos, além de grande articulador das oposições maranhenses. E, junto a isto, a primeira suplência em uma promissora coligação oposicionista, cheia de jovens idealistas iguais a ele.
Após o pleito, como era previsto, este velho combatente retirou-se temporariamente para cuidar de sua saúde e repor as forças, medida exigida pelos seus divertículos, suas oito pontes de safena, mamária e radial, aos sessenta anos de idade.
E quem era este homem que emergia do hospital, depois de uma crise hipertensiva e uma hemorragia gastrintestinal severas que o manteve por cinco dias na UTI do São Domingos? Com o filho sem o esperado mandato, a família preocupada com sua saúde gravemente comprometida, os amigos ansiosos por sua volta, os médicos cheio de expectativas? Quem era este Othelino emergindo daquela situação tão ameaçadora? Um homem cansado? Um velho sessentão com netos para acariciar? Teríamos que pedir silêncio em homenagem a um “ex-combatente”? E venerar-lhe talvez o último sono?
Não! Deus e os que por ele oraram deram-lhe novas forças para reagir. Certamente para manter-se vivo e atuante NA LIÇA. E continuar sendo o que sempre foi. Porém, melhorado pelas experiências recentes, reforçado na forja da luta, forjado na luta dos bravos resistentes!
O grande articulador, balaio, co-libertador do Maranhão, o escritor, o formador de opinião, o historiador (ainda que não admita tamanhas responsabilidades). Ele é o homem que atinge a terceira idade com o espírito revolucionário, como se tivesse no vigor mais pleno da juventude ousada, contestadora, cheio de idéias e ideais. Com a mesma postura de quem foi preso no início dos anos setenta pelo “tiro de guerra” durante a tirania ditatorial em Pedreiras-Maranhão, por atividade subversiva, conduzido para Fortaleza, sede da 10ª Região Militar, enquadrado em dois artigos da famigerada Lei de Segurança Nacional e, finalmente, absolvido. É o que sempre será, o que sua natureza lhe pede que seja: O grande Idealista.
Othelino está de volta, à sua coluna, à sua tribuna, à sua luta, ao seu jornal do coração, ao Órgão das Multidões, que o mestre Ribamar Bogéa (e sua família), em parceria com outros heróis da imprensa livre legaram à causa libertária do Maranhão.
Com novidades sobre as nossas oposições que certamente irão trazer luzes sobre as futuras eleições, municipais e gerais, respectivamente em 2012 e 2014.
Novos horizontes se abrem. Novas informações chegam, o velho Nova retorna já no domingo que vem!
EXEMPLO DA HISTÓRIA I
Segundo Suetônio e Dião Cássio (respectivamente escritor e historiador romanos), o povo de Roma celebrou a morte de Nero. Isso nos faz pensar em que tipo de líderes temos seguido, ou pior, que tipo de homens e mulheres temos sido. Os que serão lembrados por sua vida ou celebrados por sua morte?
EXEMPLO DA HISTÓRIA II
Sobre Napoleão que, em seu tempo, foi deificado por uns e execrado por outros, o que se tem a dizer é: suas tiranias não deixaram saudade. Seu regime foi suplantado pela modernidade e por ideais mais nobres. E seu planejamento de sucessão imperial, tal qual no Maranhão, não passou de esperança idílica, nunca realizada.
A VOLTA DO NOVO
Conforme previsto e possibilitado pela recuperação animadora, Raimundo Nonato Othelino Filho Parente Alves reassume a sua “pena”, que é a sua espada, para ajudar a reconstituir a nova frente de libertação, reforçada por novas lideranças, na certeza de tirar o sono e o fôlego de muitos autocratas de plantão.

sábado, 16 de outubro de 2010

O Ficha Limpa e o Dorme Sujo

Acredito que, vivendo em nossa Pátria Amada Maranhão, todos conheçam a expressão: “Dorme Sujo”. Mas, para algum desavisado peregrino que por estas paragens se encontre vagando ou para estas abençoadas terras tenha migrado, explico: “Dorme sujo” é o mendigo, o sem-teto, o pedinte!

Assistimos e lemos as notícias, no caso da Lei da Ficha Limpa, cada vez mais atarantados com a diferença entre as decisões das cortes a respeito de casos tão semelhantes. É bem verdade que, se questionados tecnicamente, estes magistrados defensores ou promotores de tais veredictos teriam gravíssimas objeções a estas afirmações de desigualdade de pesos e medidas. Baixariam à mesa todas as cartas magnas e mínimas escritas em bom “legalês”, idioma do qual não entendemos nada, nem nunca poderemos, por um simples fato: Não têm sentido!

Como entender que, em um País, onde a democracia tenta se consolidar, fincar raízes, criar instituições sólidas e confiáveis, decisões discrepantes mantenham no poder alguns, que por serem abastados ou nobres senhores feudais, íntimos das cortes, permanecem em seus cargos. E retirem outros por simbolizarem a mobilização social, a revolução popular e inevitável mudança dos tempos.
E querem que chamemos a isso Justiça Federal!

Vivemos o Maranhão, por exemplo, uma situação sui generis em nosso País, o tempo das nomeações de prefeitos, governadores e deputados, símbolos-mor do poder totalitarista, há muito ultrapassado no Brasil e superado em nossa democracia, tem no Maranhão sua renascença.
O poder constituído, no plano Federal, com seu judiciário, supostamente independente, nos deu uma governadora biônica!

Se para nós, assíduos leitores de colunas políticas, blogs, também expectadores de telejornais e assinantes de revista, tais decisões são incompreensíveis. O que dizer do pedinte da porta do Banco do Brasil, da Praça Deodoro? O que será compreendido pelo vendedor de bombons no ônibus da linha Vila Luizão/Rodoviária? E por aqueles meninos no retorno da forquilha? Qual o significado de tanto empavonar de vestes talares de juízes federais?

A grande verdade é que nossas “Cortes” superiores não têm conseguido convencer a opinião pública da legitimidade e imparcialidade de suas decisões. E a forma atabalhoada com que novas leis são votadas e implantadas desgasta ainda mais essa já maculada imagem do Magistrado brasileiro.

Os formadores de opinião não se entendem, tampouco os líderes políticos e nem mesmo os bacharéis chegam a uma conclusão de como casos tão semelhantes podem ser julgados com tanta diferença. Algumas vezes com tamanho rigor e outras com desmesurada parcimônia. Como esperar então que o retirante de Zé Doca, de Mirador, de Araioses e tantas outras regiões do Estado, que chega diariamente em nossa capital e consegue precariamente hospedar-se com sua família nos conglomerados urbanos que se agigantam, mal conseguindo com suas aposentadorias comprar o alimento que os mantenha vivo, como esperar que tal homem ou tal mulher compreenda a cassação de Jackson Lago e a cegueira jurídica do Ministério Público que deveria manter seus olhos sobre Roseana Sarney, entre outros?

Será este tão badalada e aclamada popularmente lei da “Ficha Limpa” apenas mais um mecanismo de manobra? A pressa com que foi criada e aplicada, ignorando as prerrogativas da Constituição Federal de aplicação das leis é indício de tal.

É obvio que todo brasileiro, honesto e coerente, será sempre favorável à implantação de leis efetivamente moralizadoras. Entretanto, nos causa espanto, neste caso, a forma da sua aplicação, “às carreiras” em bom maranhês. A verdade é que parece muito mais uma indicação de bruxas a serem queimadas do que uma análise de mérito de causas.

E é a partir deste ponto da reflexão que me pergunto:

Se as pessoas que discutem política no Maranhão, que analisam cenários, que escrevem ou lêem jornais, não conseguem aceitar ou compreender tais decisões do Judiciário: qual será de verdade o significado de “Ficha Limpa” para um “Dorme sujo”?

TATÁ E LOURO
Some a saga da aplicação extraordinária da lei da Ficha Limpa em tempo recorde e método questionável: a incompreensível regra da proporcionalidade nas eleições para Deputado. Entre em algum rincão de Santa Rita ou outro Município onde Tatá Milhomem tenha sido bem votado, e tente explicar a qualquer morador local que O Nobre Deputado, com seus 35 mil votos, perdeu a vaga para o candidato Raimundo Louro que, antes cassado, obteve das urnas apenas 20 mil e poucas confirmações.

UM CORPO QUE CAI - II
Ainda em franca queda livre, a anônima candidata petista Dilma alterou seu perfil eleitoral a fim de parecer mais religiosa, negar as afirmações anteriores de posturas e opiniões que não seriam partilhadas por nenhum cristão. Entretanto, tardia, esta manobra parece não estar surtindo efeito, pois em pesquisa divulgada ontem CNT/SENSUS já aponta empate técnico e franco crescimento do candidato tucano José Serra.

COERÊNCIA
Enquanto a representante do totalitarismo oligárquico lulista Dilma muda de opinião e altera suas declarações com a mesma rapidez que cai nas pesquisas, o candidato José Serra, em uma nobre demonstração de maturidade política e respeito a todos, declarou-se totalmente favorável à união estável entre pessoas do mesmo sexo, na forma de contrato legal, confirmando, assim, o direito humano de ir, vir e decidir por si. Deixando o casamento como um julgamento próprio de fé, de cada Igreja e pessoa! Com suas orientações particulares, dogmas e valores.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Firmeza de caráter é abrir mão do que se quer em favor do que é certo!

Já dizia o jornalista Paulo Francis: “Toda pessoa inteligente muda de opinião” e, no caso do Maranhão, essas palavras nunca foram mais sábias e melhor aplicadas, haja vista termos, por infinitos anos, experimentado um modelo de Oposição X Oligarquia que, no final das contas, nos permitiu vencer algumas batalhas, mas nunca a grande guerra.

Chegamos a um momento de nossa história em que ou mudamos nossa forma de pensar ou perpetuaremos a “Oligarquia da Serpente”. E garantiremos que este engodo vendido na porta do Palácio do Planalto a tantos Governos seja novamente comprado.

Não é novidade para ninguém que o clã-oligárquico seja sempre um ser governista ortodoxo, seja qual for a ortodoxia em voga. De libertadores do Vitorinismo à tirania despótica não demorou muito. De lambedores de coturnos à neo-republicanos, a mesma coisa. E assim neoliberais se travestiram de trabalhistas.

Não é novidade que seja quem for eleito Presidente de nossa República, o primeiro rosto que verá em sua porta no dia 02 de Janeiro será a de um bigodudo maranhense, de sotaque afetado, fracas alegações e piegas conjecturas, com uma cuia na mão dizendo:
- Eu gostaria de falar com Vossa Excelência!

A eles, e não a nós, interessa o continuísmo, interessa a mesmice também no nosso modo de pensar. A nós interessa a mudança verdadeira, a reforma profunda!

É tempo de entendermos que precisamos vigiar cada nomeação do judiciário, cada dança de cadeiras do legislativo; precisamos encampar cada iniciativa popular legítima. Precisamos resgatar a credibilidade de nossas Instituições desgastadas por nosso próprio ceticismo e comodismo. Precisamos antes de tudo resgatar o nosso próprio senso crítico.

Este sectarismo que marca nossas esquerdas, ou pseudo-esquerdas; este pedantismo de nossas elites direitistas. Não é tempo para isso! Temos que entender todos nós, homens e mulheres de bem desta nação chamada Maranhão que não importa qual grande sejam nossas idéias, quão nobres nossos quereres, é preciso abrir mão do que se quer em favor do que é certo.

Dói-me o coração ver a juventude em campanha pelo voto nulo, quando ainda há tanto o que ser feito; quando ainda temos um Presidente a ser eleito, uma escolha a ser feita, que se para alguns seria uma disputa entre o ruim e o pior, para nós ainda é uma luta de libertação.

Não é tempo desta deposição de armas representada pelo voto nulo, e sim, tempo de nos entrincheirar em nossos valores e munir-nos de nossos ideais em favor de um Estado melhor.

Cabe aos líderes maranhenses, de todos os Partidos que amam este Estado mais do que os próprios bolsos, que querem bem a esta gente mais do que às “boquinhas” que podem receber, clarear a própria mente e ajudar assim nosso povo, com este questionamento:
Firmeza de caráter é abrir mão do que se quer em favor do que é certo!

Pergunto: Devemos manter no Poder Executivo Federal, instância máxima de nossa democracia em solidificação, uma força que galga o poder como socialista, mas tem como bengala os mesmos velhos oligarcas que escravizaram, mataram e vilipendiaram nossos pais?

Devemos continuar aceitando a completa e vergonhosa “rifa” de nosso Estado do Maranhão em favor de uma governabilidade que para nós de nada serve? Pois dela nunca provamos os frutos e nunca o provaremos.

Acredito, que o “Não” que responde esta pergunta é o mais retórico que já pedi em toda minha vida.
UM CORPO QUE CAI
Diante de nós uma eleição presidencial onde duas forças, muito homogêneas em suas políticas e discrepantes em sua coerência: Enquanto tucanos e “socialistas” se medem em aberta e patética batalha semântica que de nada serve para esclarecer a verdade por trás de cada proposta; as verdadeiras questões são relegadas a segundo plano, pois isso parece mais interessante à cada candidato, sobretudo à “despencante” candidata da situação.

DOM QUIXOTE: POR AMOR ÀS CAUSAS PERDIDAS
Talvez para nossos nobres radicais a revolução armada seja a única revolução que há. Mas, como enlevarmos nossos espíritos em discursos raivosos? Como elevarmos nossa luta aos sábios e trazê-la de volta a todas as classes de forma compreensível aos simples e aceitável aos pacíficos? Esta é a questão! Sermos nobres a ponto de abdicar do “Eu” em favor do “Nós”. Da “Minha Causa” em favor da “Nossa Vida”. Sinto saudade de um tempo em que as lutas sociais se cumpriam com a parceria do povo e pelo bem-comum. E não pela manutenção de um Partido no poder ou de um grupo no poder. Ao que eu lembre, quem fazia isso era Hitler.

UM GOVERNO E SUAS NUANÇAS
Aliando-se ao mandonismo pervertido e sádico que hoje governa este Estado, o Presidente e sua candidata nos leva a questionar irrevogavelmente:
- Vale à pena singularidades emblemáticas de um presidente operário e uma presidente anônima se o preço que pagamos por esse teatro-dos-vampiros é a vida, a liberdade e a dignidade dos mais pobres? Não Acredito que um líder que ame tanto seu partido, que louve tanto seus ideais, mesmo em detrimento de seu povo, mereça o título de legítimo.

(*) Fabiano Soares (redator interino).

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

E o Maranhão nesta História?

Manter a fé e a esperança em um futuro para as gerações seguintes, em nosso Estado, tem exigido mais do que um mero exercício de espiritualização ou de determinação. Significa realmente um grande esforço. Mas, crédulo como somos, forte como nos forjamos e confiantes como nos formamos, sabemos que nada de irrecuperável foi perdido neste recente pleito. É bem verdade que muito há que ser feito, e com urgência.
As publicadas, e não poucas, denúncias de mau uso do erário, da “Maquina do Estado” serão avaliadas pelo judiciário, Esperar do judiciário o fiel e imparcial cumprimento de suas atribuições constitucionais já é um caso à parte em nossos dias. E de fato essas decisões vêm dando frio em nossas barrigas em anos e episódios recentes.
Nossos paladinos utilizaram todas as tribunas, palanques, púlpitos e microfones disponíveis para que a desmesurada exploração dos apetrechos do Estado se tornasse de conhecimento público e fossem encaminhados aos órgãos competentes de controle de tais desmandos. Basta lembrar, entre outras, as denúncias do eternamente valente Aderson Lago sobre a utilização do Campus da UEMA; além de contas de água e energia a serem pagas por comitês políticos, notas de combustível distribuídas em carreatas e outras ações inerentes à este “modus operandi” da antiga e antiquada política maranhense, contra a qual lutamos. Tudo isso será avaliado pela justiça, e, esperamos nós, de acordo com a lei e atendendo ao interesse público.
Mas é a partir destes fatos que me pergunto como cidadão: E o Maranhão nesta história? Aflora-me à memória a antiga música de Luís Gonzaga, e imagino que vamos terminar o ano perguntando a mesma coisa: “setembro passou, outubro e novembro, já ‘tamo’ em dezembro, meu Deus que é de nós?”.
Enquanto os demais Estados da Federação evoluem em seus processos democráticos e na renovação política de seus cenários, nós ainda continuamos presos a grilhões invisíveis; atrelados em um complexo, mas não frágil sistema de poder, Os ricos Estados de São Paulo e Minas Gerais, ou mesmo os mais empobrecidos (iguais ao nosso, embora potencialmente o Maranhão seja tão rico) como o Rio Grande do Norte e Alagoas (que relegou o Ex Presidente da República Fernando Collor a um humilhante terceiro lugar), nós, aqui, ainda mantivemos, por algum tempo, mais cruel, nocivo e longo mandonismo da história brasileira. E não se diga que prevaleceu a democracia, quando são notórias as práticas oligárquicas.
Uma pirâmide bem estabelecida com um homem que se vê como um semideus em seu topo. Um polvo, como descreveu meu mestre Othelino, que estende seus tentáculos em tudo, e a tudo tenta abarcar.
No setor privado, no comércio, no mercado imobiliário, nas grandes empresas; já nas comunicações pode até mesmo bater no peito e dizer “sou o dono do Mar-anhão”. Salvem-se e ressalvem-se as nobres lutas de “Jornais Pequenos”, de “Grandes Jornalista”, o que se vê, por exemplo, é um imenso hiato entre a vida real do bairro da Ilhinha e seus ricos vizinhos do sistema mentira.
Na vida pública e nos cargos públicos, a fome deste monstro é mais voraz do que se possa descrever. Avança sem a menor cerimônia sobre o legislativo e nenhum pudor sobre o judiciário. Mas onde de fato quer chegar é no executivo; é para onde estão voltados seus olhos: Os orçamentos!
Precisamos recolocar nossa gente à frente de seu tempo, no justo lugar que nos reservou o destino, de Atenas Brasileira, de Seleiro-Mor, de Farol da Liberdade.

O MARANHÃO E A VERDADE
Porém, mais importante, neste momento que o resultado das urnas, não gerado no seio de um povo, mas nas ilhas de seus próprios inimigos, mais importante ainda que a repetida pergunta: E o Maranhão nesta história? É a certa e firme resposta dada pelo tempo dá aos que dele desdenham.
A vitória pertence aos que andam com a verdade e nela baseiam seus atos!

E O MARANHÃO NESTA HISTÓRIA?
E é por tudo isso, descrito neste artigo, que chegamos a este ponto de nos perguntar: E o Maranhão nesta história? Vivemos na vazante desta enchente. As denúncias acima citadas são uma prova disto, em um Estado Democrático e Republicano de Direito, isso chega a ser ultrajante. Viveremos, assim, eternamente relegados à subordinação a um pequeno grupo dominante? Não creio!

 A MÚTUA INDIFERENÇA ENTRE UM POVO E SEU GOVERNO
Que a governadora (em seu mandato semi-biônico) se reeleja insultando a independência dos estudantes da Universidade Estadual do Maranhão, e a dignidade desta Instituição, já é por si só uma prova da indiferença deste governo por seu povo. Mas, aceitar que isto não seja levado a justa apuração nas justas instâncias me causa ainda pior mal-estar, por ser a prova da indiferença do povo pelo seu governo.

(*) Fabiano Soares (redator interino).

(**) A Coluna está disponível no BLOG DO OTHELINO: www.blogdoothelino.blogspot.com e no Blog Crônicas do Fabiano Soares www.saoluis-maranhao.blogspot.com

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Nossos Heróis de Verdade

Maranhão, nosso berço de heróis, nesta triste semana, tirana, que de luto, vemos a vitória da fraude e a glória do infame, ergo meus olhos para o céu, para adiante e o que vejo é o melhor, sim, o melhor! Pois temos ao nosso lado, tudo que os que são os verdadeiros inimigos desta pátria mãe gentil, Maranhão, não têm.
Somos nós os heróis!
Ainda que o resultado das urnas em 03 de outubro, desfavorável ao povo, a verdade sempre estará com os que a tem, e não com os que a escravizam.
Sim, escravizar a verdade, é disso que estou falando. Subordinar a realidade que se vê a um sistema de mentiras, mantendo a nossa gente em ignorância e desinformação, comprando votos ou mesmo uma eleição, saindo vitoriosos de uma disputa injusta não se compra ainda a verdade!
Não se compra a consciência de um povo, apenas o seu voto! Muitos talvez tenham sido comprados, não sei, não vi, mas vi muitas eleições, vi o suficiente para saber como as ruas reagem, como a população se vê e como o espírito da coletividade se manifesta.
Segunda-feira, 04 de outubro. nossa cidade amanheceu mais triste do que eu me lembro de tê-la visto em muitos anos, por mais incrível que possa parecer. Nuvens cobriram a cidade após meses de um sol torrencial que nos cozinhava até o pensamento. Nada se via de memoráveis “dias seguintes” pelos quais passamos após pleitos em que o destino da nação, do estado e de seus municípios era decidido.
Algumas poucas carretas ou seja lá como chamam aquele desfile de caminhonetes do ano, seus “campeões” acenando a um povo apático, frio. Essa não é a reação de um povo que escolheu o melhor, e sim a de um povo cansado e resignado.
       Mas, esta resignação não pode durar para sempre. Não é da natureza deste povo de Beckman, deste povo de luta esta apatia.
Enquanto houver uma trincheira de luta (Jornal Pequeno, o grande Bogéa e seus legítimos e fiéis seguidores) para se combater o bom combate, a verdade não estará perdida de vez. Enquanto um só par de mãos empunhar uma bandeira em nome da liberdade, do desenvolvimento sustentável e da justiça social, o mundo ainda pode ter esperanças, pode crer que um mundo melhor virá.
Confio em nossos heróis e em um novo Maranhão. Confio que nossos verdadeiros campeões não nos deixarão; embora alguns tombem, sucumbam ao peso do fardo. É de se esperar que no decorrer de décadas e décadas, em prol da luta, tenham que deixar o campo de batalha e entrar no campo das idéias. É perfeitamente compreensível e necessário.
Entretanto, eu sei que nosso seleiro é bem maior do que eles pensam, e nosso solo é bem mais fértil de mentes do que se pode imaginar.
Enquanto houver um Marcos Silva que diga as verdades que doem, mas que são necessárias, haverá motivo pra crer no melhor.
Enquanto houver um Jackson Lago que abra mão de sua vida pela vida de um povo, haverá motivos para lutarmos todos juntos.
Enquanto houver um Flávio Dino que inspire nossa juventude e nos faça acreditar que o novo sempre vem, vestiremos vermelho, cantaremos um hino e sairemos às ruas.
Assim são estes homens Kamikazes, Mujahedins, Partizans, Cruzados, em nossa própria guerra santa, travada no campo das idéias, no campo das palavras, na eterna luta da verdade contra a mentira. Se doando, se entregando à uma causa, à nossas causas, à nossas coisas.

Enquanto houver Othelinos, pai, filho ou neto nunca lutaremos sozinhos sem um legítimo campeão. Enquanto houver um Novo, Um Nova, sendo gerado no ventre desta terra haverá esperança, de outro 04 de outubro, com o povo em festa a cantar:
...“ Apesar de você, amanhã há de ser um outro dia”...

O DIA EM QUE A TERRA PAROU
04 de Outubro passado não foi só um dia triste para o Estado, com a greve dos bancos e o descrédito geral da população no governo eleito para o Estado. As ruas desertas lembravam muito a antiga música do Raul, sobretudo a parte que diz “e nas Igrejas nem um sino a badalar, pois sabiam que os fiéis, também não estavam lá” E quem ainda tem fé no governo à esta altura?

A NOVA ASSEMBLÉIA
Como é de costume, a renovação da Assembléia Legislativa foi motivo de muitos comentários após a apuração das urnas. Renovação? Entre os cotados para assumir a presidência da casa, estão dois ex-presidentes e um monte de nomes batidos e revirados.

OTHELINO FILHO
O Jornalista Othelino Filho, que dá nome e assina esta coluna, estará ausente por algumas semanas para uma pequena cirurgia e uns merecidos dias de descanso com a família na sua querida Meruoca, próxima à sua não menos amada Sobral, “Princesa do Norte” do Ceará.

(*) Fabiano Soares (redator interino).

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

CHEGA DE “VAMPIROS”!

Domingo que vem é o dia da redenção:

CHEGA DE “VAMPIROS”!

O eleitor brasileiro tem a grande oportunidade, hoje, de fazer uma faxina em regra neste País, mandando para casa – já que a Justiça não os manda para a cadeia – esta grande leva de homens públicos corruptos, entre os quais a imensa maioria de políticos cumprindo mandatos eletivos.
Talvez, em toda a história republicana, seja este um dos períodos mais negros vivenciado pela Nação. Não apenas pelo enorme volume de escândalos, em todas as esferas da vida pública, mas pelo sentimento de impunidade que deixa os homens de bem reféns de bandidos do colarinho branco
Não tenho convicção de que se deve atribuir a maior culpa pela degradação ética, política, administrativa etc. aos partidos, em razão da sua própria natureza. Dois aspectos que considero fundamentais deixam-me cauteloso.
Primeiro, eles não integram – pelo menos formalmente – a estrutura das instituições oficiais de grande envergadura. Segundo, na condição de entidades de natureza jurídica, não dispõem de nenhum tipo de “animus”, um componente exclusivamente peculiar à personalidade dos seres humanos.
Qualquer manifestação em seu nome tem de ser, necessariamente, de iniciativa dos seus dirigentes e demais filiados, ou de quem esteja, de uma forma ou de outra, credenciado.
Trocando em miúdos: os partidos existem para reunir pessoas que defendem princípios, idéias, doutrinas, entre outros fundamentos de natureza intelectual. E definem um programa através do qual esperam influir na vida coletiva de uma cidade, um estado, um país.
 Os objetivos maiores devem ser conquistar o poder e materializar o seu ideário filosófico, programático, econômico, político, social e por aí a fora. Todavia, eles jamais terão vez e vós por si sós. Simplesmente porque não são seres animados.
Com perfis diferenciados ou muito parecidos, temos vários partidos no Brasil, desde os mais históricos, passando pelos que foram criados de forma consentida para aplaudir ou contestar a ditadura militar implantada no País em 1964, de triste, desastrosa e humilhante memória.
 Os últimos partidos através dos quais se chegou ao comando do país deram a sensação de que teríamos, finalmente, períodos administrativos pautados pela seriedade. Afinal de contas, reivindicavam para si o monopólio da ética política.
Os seus respectivos expoentes, no poder, seriam a garantia de efetivo desenvolvimento econômico e social, com sustentabilidade. Representariam, ainda, a certeza de que estaria eliminado o fantasma da corrupção – afirmavam os líderes e militantes.
Os compromissos e promessas acima mencionados seguramente não se confirmaram!
Não vamos perder de vista o que acontece no plano nacional. Mas, nosso compromisso prioritário é contribuir para que o Maranhão se liberte das garras ferinas da última oligarquia brasileira, que há 45 anos “vampiriza” as energias da população maranhense.
Vamos dar um basta à impunidade e ao cinismo das sanguessugas do dinheiro público, impedindo-as de retornar ao poder para novos assaltos aos cofres do Estado e, por extensão, do País.
Os maranhenses devem se unir contra o atraso, expurgando para bem longe os promotores da miséria que aí estão travestidos de nossos representantes nas casas legislativas e no palácio dos leões.

... CHEGA DE POLÍTICOS SEM PUDOR

O princípio da moralidade, se aplicado em todas as suas dimensões, evitaria a multiplicação de políticos sem pudor contra os quais há claras evidências de malversação do erário. Mas não importa se a impunidade permite que eles se apresentem como candidato a qualquer cargo. Sem os mandatos eletivos, eles terão muita dificuldade em explicar os seus negócios nebulosos...

VIVA O DIA DA REDENÇÃO

´        ...Neste domingo (três de outubro), o povo brasileiro e, de modo especial, os conterrâneos maranhenses têm um compromisso com a Nação e com o seu Estado: não permitir que continuem conduzidos por quem, protegido, acobertado ou confiado na ineficácia das leis, não distingue a diferença entre os patrimônios público e privado. Por quem não dá satisfações convincentes sobre o paradeiro e a aplicação dos recursos oriundos da imensa carga tributária gerada coletivamente. Em nome das instituições republicanas, em respeito ao Estado Democrático de Direito, numa verdadeira demonstração de amor ao Brasil e, particularmente, ao Maranhão; pela felicidade geral, plena e irrestrita (urgentíssima) dos seus filhos, consideremos um dever de consciência e uma questão de honra: renovar para transformar a realidade cruel que a todos atormenta. Viva o dia da redenção!

(*) Com trechos extraídos e adaptados do livro A Águia Libertária

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A VIA-CRÚCIS DE MISÉRIA IMPOSTA AOS MARANHENSES

Os maranhenses não podem esquecer e lançar à poeira do tempo os horrores perpetrados pelas oligarquias que, juntas, somam 65 anos. A insensatez e o egoísmo patrocinando tanta exploração à terra, aos seus fabulosos recursos naturais e à sua gente humilde, generosa e acolhedora. Como apagar as cicatrizes de tamanha violência, de tão torpe crueldade, compondo um triste cenário de sofrimento, lágrimas e desesperança?

O Maranhão clama por transformações, a partir dos indicadores socioeconômicos graves, de modo especial na educação, saúde, expectativa de vida, trabalho na cidade, mas, principalmente, no campo. Com as terras públicas negociadas sob critérios no mínimo suspeitos, foi imposta uma dolorosa via-crúcis de miséria a milhões de lavradores, abatendo-os impiedosamente.

Por mais chocante que seja, só o conhecimento sobre a realidade nua e crua permite o confronto com o egoísmo insano dos poderosos. A crise, em quase cinco décadas de exploração oligárquica, virou tragédia. O Estado disputa os últimos lugares no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País. Exige rupturas com o modelo econômico excludente; reformulações radicais no plano ideológico e nas práticas políticas e administrativas.

Enquanto isso, estadistas de fato, com o destemor exaltando-lhes o temperamento guerreiro, permanecem de braços e coração abertos para acolher os perseguidos, os explorados, os injustiçados, manifestando solidariedade e afeto, a exemplo de Che, o guerrilheiro romântico: “Hay que endurecer sin perder la ternura jamás”.

A suprema inspiração dos autênticos e verdadeiramente líderes imortais emerge do maior de todos os libertadores: Jesus Cristo, que serviu de luz para São Francisco e Santa Clara, “paradigmas de uma nova humanidade terna e fraterna”, no dizer de Leonardo Boff, parceiro de Dom Helder Câmara, na formulação da teologia da libertação, avanço histórico da igreja católica e instrumento formidável dos povos oprimidos. Para Dom Helder, o pregador da liberdade e da justiça social que o Mundo aplaudiu, “de nada adiantará venerarmos belas imagens de Cristo se não identificarmos o Cristo na criatura humana a ser arrancada do subdesenvolvimento. No Nordeste, Cristo se chama Zé, Antônio, Severino”.

No mesmo sentido, era a conclamação de Charles Chaplin para que todos se associassem à luta pelo que hoje se denomina cidadania. “No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que o reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem, ou de um só grupo de homens, mas dos homens todos! Está em vós. Vós, o povo, tendes o poder... O poder de Criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto, em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um Mundo (o Maranhão) novo... um Mundo bom que a todos assegure o ensejo do trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice”.

Exige atenção especial a advertência do gênio do cinema: “É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas só mistificam. Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão. Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo.”

Mas há que resistir. O Maranhão tem potencialidades exuberantes de importância fundamental para o próprio Estado, o Nordeste e o Brasil. Não pode continuar renunciando a uma determinação histórica. Como construir esse novo caminho “onde não há caminho. Já e agora? Em momentos cruciais, da prova maior, onde vamos inspirar-nos? De que fundo vamos tirar os materiais para a nova construção?”

É o próprio filósofo e teólogo Leonardo Boff que indica onde encontrar forças: “Devemos imbuir-nos da esperança de que o caos atual prenuncia uma nova ordem, mais rica e promissora de vida para todos”.

E recorre a Camões: “Depois de procelosa tempestade/ Soturna noite e cibilante vento/ Traz a manhã serena claridade/ Esperança de porto e salvamento”. Não precisamos dizer mais.

É preciso transformar, nestes tempos de eleição, voto e escolha, a nossa fé sonhadora em realidade concreta. Aquela em que não haverá mais espaço parta feudos insanos como instrumento de poder e fortuna, à custa do sofrimento, suor, sangue e lágrimas de seres humanos desprotegidos. E nem se produzirão novas vítimas indefesas de sistemas políticos e socioeconômicos colonialistas, cruéis e desumanos.


SISTEMA “PEGA-LADRÃO”

É como vi o presidenciável José Serra afirmar a respeito do escândalo na Presidência da República da quebra do sigilo de pessoas a ele ligadas, “O sujeito bate a carteira do outro e sai correndo na rua gritando ‘pega ladrão’”.É o que se vê hoje no horário político maranhense: a candidata situacionista agride, mente e difama as principais lideranças do Estado, aparecendo em seguida no seu horário alegando estar sendo vítima de agressões! É o sistema “pega-ladrão”.


CONTAGEM REGRESSIVA

O atual cenário político maranhense agradavelmente se assemelha a cada dia mais e mais ao mês de outubro de 2006 e da histórica vitória do povo sobre as oligarquias. Seria para alguns a segunda virada de mesa política em quatro anos; porém, para outros, apenas a confirmação de uma irreversível mudança na forma de pensar, agir e votar de um povo que se cansou da escravidão. E a cada 03 de outubro elege um Maranhão melhor.

ARES DE PRIMAVERA

Dia 23 de setembro marca o início da primavera no hemisfério Sul. Para nós, habituados ao calor extremo do equador doze meses por ano, isso pouco nos diz respeito. Entretanto, esta estação é o símbolo mundial de esperança e renovação; a beleza exuberante da natureza que renasce! Façamos destes o tempo e a estação que nos resgatarão do maior desalento pelo qual já passamos. A primavera que brilhará em nosso Estado, após 65 anos de sofrimento e miséria. Só depende de nós!

(*) Com trechos extraídos e adaptados do livro O POLVO.

Colaborou Fabiano Soares



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A RECONQUISTA DA DIGNIDADE USURPADA

Através dos tempos, a história tem mostrado que, além da peculiar ojeriza que desenvolvem pelas classes mais humildes, uma razão prática leva os dominadores absolutistas a manter os explorados na eterna condição de subalternidade. Temem que qualquer valorização do ser humano possa ameaçar-lhes a vida nababesca e não fazem qualquer concessão que implique menor sinal de respeito àqueles que estão em estratos sociais inferiores.
Uma das razões da crueldade a que foram submetidos os primitivos cristãos estava nos princípios de igualdade pregados por Jesus. Sobretudo para os orgulhosos romanos, um escravo considerar-se na mesma condição do seu senhor era uma espécie de subversão ao status quo.
Os cristãos só conseguiram ser aceitos a partir do terceiro século, com a criação de castas sacerdotais que exerceriam também domínios plenos. Fenômenos sociais que foram parcialmente ofuscados na poeira do tempo, porém jamais apagados de uma vez por todas da história universal. 
Em termos contemporâneos, alguns dos que se consideram senhores absolutos dominam os mais fracos com o peso de seus artefatos nucleares. As bombas atômicas que os Estados Unidos explodiram sobre Hiroshima e Nagasaki expressam a forma encontrada pelos americanos de dobrar a resistência japonesa. Mas serviram também como um recado para o resto do Mundo de que, a partir dali, a Terra, pelo menos em termos de poderio militar, estaria sob nova autoridade.
E tome opressão sob as mais variadas formas, com a anuência covarde de falsos estadistas dos outros continentes.
A hegemonia de uma potência na esfera planetária não inibiu a formação de pequenas e fortes oligarquias ao redor do globo. Aqui no Maranhão, há cerca de 65 anos, o Estado é dominado por senhores feudais que a si atribuem o direito de decidir sobre a vida e a morte da população submissa diante da força do poder e da riqueza.
Primeiro, o mando vitorinista que se esfacelou quando a  população deu um basta, através das Oposições Coligadas. A partir de meados da década de 60, traindo a confiança que recebera dos conterrâneos, um jovem político, José Sarney, fincou a bandeira da libertação sob o compromisso de edificar o “Maranhão Novo”.
A exemplo dos demais domínios colonialistas, o atual, que se aproxima de meio século, apesar das falsas juras em contrário – tem idêntica aversão pelos pobres. Basta dar uma olhada no que já fez ou deixou de fazer para se ter uma confirmação disto.
Antes dele, o Maranhão era o segundo Estado em produção de arroz do País, perdendo apenas para o Rio Grande do Sul. E auto-suficiente em muitos outros gêneros alimentícios de origem agrícola.
Com a política fundiária que implantou, as terras mais férteis foram transferidas para poderosos grupos econômicos e o interior maranhense transformou-se em enorme pasto para o gado dos fazendeiros alienígenas e imensas áreas propícias (sobretudo) à cultura de soja, que enche os olhos e a conta bancária dos mega-empresários do agronegócio.
Expulsos de suas pequenas propriedades ou posses em terras devolutas, quando não sumariamente executados por pistoleiros de aluguel, nossos agricultores familiares passaram a ser alvos preferidos dos “gatos”, indivíduos inescrupulosos que os levam para trabalhar como escravos em vários estados do Norte, do Centro-Oeste, do Sudeste e, recentemente, por mais incrível que pareça, do próprio Nordeste.
Os que se recusaram e resistiram, foram tentar a vida nas cidades grandes. Sem qualificação profissional, subsistem relegados à exclusão, à miséria, reféns da promiscuidade e da violência que imperam nas periferias das metrópoles.
Há poucas décadas, o Maranhão acolhia generosamente brasileiros de todas as regiões do País, de modo especial os irmãos do semi-árido nordestino expulsos pelas secas.
Leviandades como estas sempre alimentaram os mandatários truculentos e, em nosso caso particular, a última oligarquia. Enquanto isso, nossa gente, paupérrima, desempregada, sem instrução, depende de um destino diferente para sobreviver. Já a dinastia vive na bonança, esbanjando carros, aviões modernos, mansões e até ilhas.
Desfilam pelas colunas sociais em festas que agridem a realidade humilhante a que submeteram os maranhenses e os que escolheram esta terra abençoada pela natureza para nela trabalhar e viver com dignidade. Não bastando, utilizam um sistema de comunicação antiético na essência, para tentar fazer a lavagem cerebral das suas próprias vítimas, transmitindo para todo o Estado, durante 24 horas, mentiras sobre os seus “feitos”. Além de calúnias, injúrias e difamações contra os adversários... A estes exercícios de delinquência somem-se chantagem, ameaças de morte e apologia ao crime.


GESTÕES TEMERÁRIAS

            ...Os efeitos resultantes de repetidas gestões temerárias, nos três níveis de governo, são incalculáveis. Durante as próximas décadas, os brasileiros (os maranhenses e são-luisenses de modo particular) ainda vão ter que trabalhar muito para honrar o estratosférico endividamento e os assaltos perpetrados contra o erário...


            A RECONQUISTA DA DIGNIDADE

...Na Europa do pós-guerra, as nações destroçadas pela mente doentia de tiranos megalomaníacos e desalmados reconquistaram a dignidade com “sangue, suor, sacrifício e lágrimas”. Temos que vencer, em nossas plagas, as consequências de mandonismos espúrios.  De práticas danosas, algumas vezes determinadas pela insanidade de egocêntricos doentios...

O FIM DOS DESATINOS

...Que o bonde da história nos livre dos desatinos causados por agentes públicos reféns de vaidades exacerbadas (quase sempre de quem se julga superior, “especial”) e não passam de pusilânimes, imaginando-se “superiores”, acima do bem e do mal. Felizmente, a contagem regressiva já está em curso...