quinta-feira, 30 de setembro de 2010

CHEGA DE “VAMPIROS”!

Domingo que vem é o dia da redenção:

CHEGA DE “VAMPIROS”!

O eleitor brasileiro tem a grande oportunidade, hoje, de fazer uma faxina em regra neste País, mandando para casa – já que a Justiça não os manda para a cadeia – esta grande leva de homens públicos corruptos, entre os quais a imensa maioria de políticos cumprindo mandatos eletivos.
Talvez, em toda a história republicana, seja este um dos períodos mais negros vivenciado pela Nação. Não apenas pelo enorme volume de escândalos, em todas as esferas da vida pública, mas pelo sentimento de impunidade que deixa os homens de bem reféns de bandidos do colarinho branco
Não tenho convicção de que se deve atribuir a maior culpa pela degradação ética, política, administrativa etc. aos partidos, em razão da sua própria natureza. Dois aspectos que considero fundamentais deixam-me cauteloso.
Primeiro, eles não integram – pelo menos formalmente – a estrutura das instituições oficiais de grande envergadura. Segundo, na condição de entidades de natureza jurídica, não dispõem de nenhum tipo de “animus”, um componente exclusivamente peculiar à personalidade dos seres humanos.
Qualquer manifestação em seu nome tem de ser, necessariamente, de iniciativa dos seus dirigentes e demais filiados, ou de quem esteja, de uma forma ou de outra, credenciado.
Trocando em miúdos: os partidos existem para reunir pessoas que defendem princípios, idéias, doutrinas, entre outros fundamentos de natureza intelectual. E definem um programa através do qual esperam influir na vida coletiva de uma cidade, um estado, um país.
 Os objetivos maiores devem ser conquistar o poder e materializar o seu ideário filosófico, programático, econômico, político, social e por aí a fora. Todavia, eles jamais terão vez e vós por si sós. Simplesmente porque não são seres animados.
Com perfis diferenciados ou muito parecidos, temos vários partidos no Brasil, desde os mais históricos, passando pelos que foram criados de forma consentida para aplaudir ou contestar a ditadura militar implantada no País em 1964, de triste, desastrosa e humilhante memória.
 Os últimos partidos através dos quais se chegou ao comando do país deram a sensação de que teríamos, finalmente, períodos administrativos pautados pela seriedade. Afinal de contas, reivindicavam para si o monopólio da ética política.
Os seus respectivos expoentes, no poder, seriam a garantia de efetivo desenvolvimento econômico e social, com sustentabilidade. Representariam, ainda, a certeza de que estaria eliminado o fantasma da corrupção – afirmavam os líderes e militantes.
Os compromissos e promessas acima mencionados seguramente não se confirmaram!
Não vamos perder de vista o que acontece no plano nacional. Mas, nosso compromisso prioritário é contribuir para que o Maranhão se liberte das garras ferinas da última oligarquia brasileira, que há 45 anos “vampiriza” as energias da população maranhense.
Vamos dar um basta à impunidade e ao cinismo das sanguessugas do dinheiro público, impedindo-as de retornar ao poder para novos assaltos aos cofres do Estado e, por extensão, do País.
Os maranhenses devem se unir contra o atraso, expurgando para bem longe os promotores da miséria que aí estão travestidos de nossos representantes nas casas legislativas e no palácio dos leões.

... CHEGA DE POLÍTICOS SEM PUDOR

O princípio da moralidade, se aplicado em todas as suas dimensões, evitaria a multiplicação de políticos sem pudor contra os quais há claras evidências de malversação do erário. Mas não importa se a impunidade permite que eles se apresentem como candidato a qualquer cargo. Sem os mandatos eletivos, eles terão muita dificuldade em explicar os seus negócios nebulosos...

VIVA O DIA DA REDENÇÃO

´        ...Neste domingo (três de outubro), o povo brasileiro e, de modo especial, os conterrâneos maranhenses têm um compromisso com a Nação e com o seu Estado: não permitir que continuem conduzidos por quem, protegido, acobertado ou confiado na ineficácia das leis, não distingue a diferença entre os patrimônios público e privado. Por quem não dá satisfações convincentes sobre o paradeiro e a aplicação dos recursos oriundos da imensa carga tributária gerada coletivamente. Em nome das instituições republicanas, em respeito ao Estado Democrático de Direito, numa verdadeira demonstração de amor ao Brasil e, particularmente, ao Maranhão; pela felicidade geral, plena e irrestrita (urgentíssima) dos seus filhos, consideremos um dever de consciência e uma questão de honra: renovar para transformar a realidade cruel que a todos atormenta. Viva o dia da redenção!

(*) Com trechos extraídos e adaptados do livro A Águia Libertária

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A VIA-CRÚCIS DE MISÉRIA IMPOSTA AOS MARANHENSES

Os maranhenses não podem esquecer e lançar à poeira do tempo os horrores perpetrados pelas oligarquias que, juntas, somam 65 anos. A insensatez e o egoísmo patrocinando tanta exploração à terra, aos seus fabulosos recursos naturais e à sua gente humilde, generosa e acolhedora. Como apagar as cicatrizes de tamanha violência, de tão torpe crueldade, compondo um triste cenário de sofrimento, lágrimas e desesperança?

O Maranhão clama por transformações, a partir dos indicadores socioeconômicos graves, de modo especial na educação, saúde, expectativa de vida, trabalho na cidade, mas, principalmente, no campo. Com as terras públicas negociadas sob critérios no mínimo suspeitos, foi imposta uma dolorosa via-crúcis de miséria a milhões de lavradores, abatendo-os impiedosamente.

Por mais chocante que seja, só o conhecimento sobre a realidade nua e crua permite o confronto com o egoísmo insano dos poderosos. A crise, em quase cinco décadas de exploração oligárquica, virou tragédia. O Estado disputa os últimos lugares no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País. Exige rupturas com o modelo econômico excludente; reformulações radicais no plano ideológico e nas práticas políticas e administrativas.

Enquanto isso, estadistas de fato, com o destemor exaltando-lhes o temperamento guerreiro, permanecem de braços e coração abertos para acolher os perseguidos, os explorados, os injustiçados, manifestando solidariedade e afeto, a exemplo de Che, o guerrilheiro romântico: “Hay que endurecer sin perder la ternura jamás”.

A suprema inspiração dos autênticos e verdadeiramente líderes imortais emerge do maior de todos os libertadores: Jesus Cristo, que serviu de luz para São Francisco e Santa Clara, “paradigmas de uma nova humanidade terna e fraterna”, no dizer de Leonardo Boff, parceiro de Dom Helder Câmara, na formulação da teologia da libertação, avanço histórico da igreja católica e instrumento formidável dos povos oprimidos. Para Dom Helder, o pregador da liberdade e da justiça social que o Mundo aplaudiu, “de nada adiantará venerarmos belas imagens de Cristo se não identificarmos o Cristo na criatura humana a ser arrancada do subdesenvolvimento. No Nordeste, Cristo se chama Zé, Antônio, Severino”.

No mesmo sentido, era a conclamação de Charles Chaplin para que todos se associassem à luta pelo que hoje se denomina cidadania. “No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que o reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem, ou de um só grupo de homens, mas dos homens todos! Está em vós. Vós, o povo, tendes o poder... O poder de Criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto, em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um Mundo (o Maranhão) novo... um Mundo bom que a todos assegure o ensejo do trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice”.

Exige atenção especial a advertência do gênio do cinema: “É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas só mistificam. Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão. Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo.”

Mas há que resistir. O Maranhão tem potencialidades exuberantes de importância fundamental para o próprio Estado, o Nordeste e o Brasil. Não pode continuar renunciando a uma determinação histórica. Como construir esse novo caminho “onde não há caminho. Já e agora? Em momentos cruciais, da prova maior, onde vamos inspirar-nos? De que fundo vamos tirar os materiais para a nova construção?”

É o próprio filósofo e teólogo Leonardo Boff que indica onde encontrar forças: “Devemos imbuir-nos da esperança de que o caos atual prenuncia uma nova ordem, mais rica e promissora de vida para todos”.

E recorre a Camões: “Depois de procelosa tempestade/ Soturna noite e cibilante vento/ Traz a manhã serena claridade/ Esperança de porto e salvamento”. Não precisamos dizer mais.

É preciso transformar, nestes tempos de eleição, voto e escolha, a nossa fé sonhadora em realidade concreta. Aquela em que não haverá mais espaço parta feudos insanos como instrumento de poder e fortuna, à custa do sofrimento, suor, sangue e lágrimas de seres humanos desprotegidos. E nem se produzirão novas vítimas indefesas de sistemas políticos e socioeconômicos colonialistas, cruéis e desumanos.


SISTEMA “PEGA-LADRÃO”

É como vi o presidenciável José Serra afirmar a respeito do escândalo na Presidência da República da quebra do sigilo de pessoas a ele ligadas, “O sujeito bate a carteira do outro e sai correndo na rua gritando ‘pega ladrão’”.É o que se vê hoje no horário político maranhense: a candidata situacionista agride, mente e difama as principais lideranças do Estado, aparecendo em seguida no seu horário alegando estar sendo vítima de agressões! É o sistema “pega-ladrão”.


CONTAGEM REGRESSIVA

O atual cenário político maranhense agradavelmente se assemelha a cada dia mais e mais ao mês de outubro de 2006 e da histórica vitória do povo sobre as oligarquias. Seria para alguns a segunda virada de mesa política em quatro anos; porém, para outros, apenas a confirmação de uma irreversível mudança na forma de pensar, agir e votar de um povo que se cansou da escravidão. E a cada 03 de outubro elege um Maranhão melhor.

ARES DE PRIMAVERA

Dia 23 de setembro marca o início da primavera no hemisfério Sul. Para nós, habituados ao calor extremo do equador doze meses por ano, isso pouco nos diz respeito. Entretanto, esta estação é o símbolo mundial de esperança e renovação; a beleza exuberante da natureza que renasce! Façamos destes o tempo e a estação que nos resgatarão do maior desalento pelo qual já passamos. A primavera que brilhará em nosso Estado, após 65 anos de sofrimento e miséria. Só depende de nós!

(*) Com trechos extraídos e adaptados do livro O POLVO.

Colaborou Fabiano Soares



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A RECONQUISTA DA DIGNIDADE USURPADA

Através dos tempos, a história tem mostrado que, além da peculiar ojeriza que desenvolvem pelas classes mais humildes, uma razão prática leva os dominadores absolutistas a manter os explorados na eterna condição de subalternidade. Temem que qualquer valorização do ser humano possa ameaçar-lhes a vida nababesca e não fazem qualquer concessão que implique menor sinal de respeito àqueles que estão em estratos sociais inferiores.
Uma das razões da crueldade a que foram submetidos os primitivos cristãos estava nos princípios de igualdade pregados por Jesus. Sobretudo para os orgulhosos romanos, um escravo considerar-se na mesma condição do seu senhor era uma espécie de subversão ao status quo.
Os cristãos só conseguiram ser aceitos a partir do terceiro século, com a criação de castas sacerdotais que exerceriam também domínios plenos. Fenômenos sociais que foram parcialmente ofuscados na poeira do tempo, porém jamais apagados de uma vez por todas da história universal. 
Em termos contemporâneos, alguns dos que se consideram senhores absolutos dominam os mais fracos com o peso de seus artefatos nucleares. As bombas atômicas que os Estados Unidos explodiram sobre Hiroshima e Nagasaki expressam a forma encontrada pelos americanos de dobrar a resistência japonesa. Mas serviram também como um recado para o resto do Mundo de que, a partir dali, a Terra, pelo menos em termos de poderio militar, estaria sob nova autoridade.
E tome opressão sob as mais variadas formas, com a anuência covarde de falsos estadistas dos outros continentes.
A hegemonia de uma potência na esfera planetária não inibiu a formação de pequenas e fortes oligarquias ao redor do globo. Aqui no Maranhão, há cerca de 65 anos, o Estado é dominado por senhores feudais que a si atribuem o direito de decidir sobre a vida e a morte da população submissa diante da força do poder e da riqueza.
Primeiro, o mando vitorinista que se esfacelou quando a  população deu um basta, através das Oposições Coligadas. A partir de meados da década de 60, traindo a confiança que recebera dos conterrâneos, um jovem político, José Sarney, fincou a bandeira da libertação sob o compromisso de edificar o “Maranhão Novo”.
A exemplo dos demais domínios colonialistas, o atual, que se aproxima de meio século, apesar das falsas juras em contrário – tem idêntica aversão pelos pobres. Basta dar uma olhada no que já fez ou deixou de fazer para se ter uma confirmação disto.
Antes dele, o Maranhão era o segundo Estado em produção de arroz do País, perdendo apenas para o Rio Grande do Sul. E auto-suficiente em muitos outros gêneros alimentícios de origem agrícola.
Com a política fundiária que implantou, as terras mais férteis foram transferidas para poderosos grupos econômicos e o interior maranhense transformou-se em enorme pasto para o gado dos fazendeiros alienígenas e imensas áreas propícias (sobretudo) à cultura de soja, que enche os olhos e a conta bancária dos mega-empresários do agronegócio.
Expulsos de suas pequenas propriedades ou posses em terras devolutas, quando não sumariamente executados por pistoleiros de aluguel, nossos agricultores familiares passaram a ser alvos preferidos dos “gatos”, indivíduos inescrupulosos que os levam para trabalhar como escravos em vários estados do Norte, do Centro-Oeste, do Sudeste e, recentemente, por mais incrível que pareça, do próprio Nordeste.
Os que se recusaram e resistiram, foram tentar a vida nas cidades grandes. Sem qualificação profissional, subsistem relegados à exclusão, à miséria, reféns da promiscuidade e da violência que imperam nas periferias das metrópoles.
Há poucas décadas, o Maranhão acolhia generosamente brasileiros de todas as regiões do País, de modo especial os irmãos do semi-árido nordestino expulsos pelas secas.
Leviandades como estas sempre alimentaram os mandatários truculentos e, em nosso caso particular, a última oligarquia. Enquanto isso, nossa gente, paupérrima, desempregada, sem instrução, depende de um destino diferente para sobreviver. Já a dinastia vive na bonança, esbanjando carros, aviões modernos, mansões e até ilhas.
Desfilam pelas colunas sociais em festas que agridem a realidade humilhante a que submeteram os maranhenses e os que escolheram esta terra abençoada pela natureza para nela trabalhar e viver com dignidade. Não bastando, utilizam um sistema de comunicação antiético na essência, para tentar fazer a lavagem cerebral das suas próprias vítimas, transmitindo para todo o Estado, durante 24 horas, mentiras sobre os seus “feitos”. Além de calúnias, injúrias e difamações contra os adversários... A estes exercícios de delinquência somem-se chantagem, ameaças de morte e apologia ao crime.


GESTÕES TEMERÁRIAS

            ...Os efeitos resultantes de repetidas gestões temerárias, nos três níveis de governo, são incalculáveis. Durante as próximas décadas, os brasileiros (os maranhenses e são-luisenses de modo particular) ainda vão ter que trabalhar muito para honrar o estratosférico endividamento e os assaltos perpetrados contra o erário...


            A RECONQUISTA DA DIGNIDADE

...Na Europa do pós-guerra, as nações destroçadas pela mente doentia de tiranos megalomaníacos e desalmados reconquistaram a dignidade com “sangue, suor, sacrifício e lágrimas”. Temos que vencer, em nossas plagas, as consequências de mandonismos espúrios.  De práticas danosas, algumas vezes determinadas pela insanidade de egocêntricos doentios...

O FIM DOS DESATINOS

...Que o bonde da história nos livre dos desatinos causados por agentes públicos reféns de vaidades exacerbadas (quase sempre de quem se julga superior, “especial”) e não passam de pusilânimes, imaginando-se “superiores”, acima do bem e do mal. Felizmente, a contagem regressiva já está em curso...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Vamos juntos cantar o hino da liberdade:


“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer...” (*)


A degenerescência que se estabelece de modo ostensivo no âmago das instituições públicas assume proporções devastadoras diante das consciências lúcidas do País, repercutindo intensamente além-fronteiras. Agravou-se com as últimas denúncias dando conta da quebra de sigilo na Receita Federal, favorecimentos ilícitos na Casa Civil da Presidência da República e o festival de corrupção envolvendo as maiores autoridades governamentais no Amapá – do círculo de amizades do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Tem continuidade uma série que parece interminável de escândalos.
A inoperância ou negligência dos poderes constituídos para com casos semelhantes aos atuais vem ocorrendo há longo tempo e, significando impunidade corriqueira, chega-se a admitir até mesmo conivência em relação aos variados desvios de conduta.
Com efeito, as justas e legítimas reações de intolerância e indignação manifestadas por todos os brasileiros, indistintamente, à medida que uma onda de delinquências se sobrepõe a outra, acobertadas por uma inexplicável passividade, vão paulatinamente se restringir aos chamados setores mais sensíveis e engajados da Nação.
A situação adversa vivenciada reforça o argumento de que o PT, principal condutor dos destinos do País há oito anos, jamais teve realmente um projeto político para o Brasil. Pelo menos na acepção mais abrangente do termo. Os acontecimentos observados permitem concluir que de fato só existe uma tentativa de sustentação do poder por tempo indeterminado, a qualquer preço.
Considerando-se os desdobramentos dos imbróglios que evoluem, haveria chance da cúpula do Partido dos Trabalhadores conseguir a proeza de desenodoar-se e reconquistar a credibilidade?
Como já se disse reiteradas vezes, entre petistas respeitáveis já se admite até um ocaso melancólico para um partido que nasceu sob o signo da ética política, da mais cristalina fonte de legitimidade para firmar-se com a bandeira dos compromissos inarredáveis em defesa das liberdades e garantias públicas e individuais. Na luta pelo conjunto de direitos do cidadão, da coletividade, da Nação politicamente organizada.
Em sua grande maioria, os tecnocratas que compõem a área governamental estão preocupados exclusivamente em manter incólumes as regras do modelo econômico que, por si só, garantiriam a sustentação do “projeto”. Talvez, por isso mesmo, costumam usar expressões próprias do meio profissional, às vezes até com apuros acadêmicos, nas suas interlocuções e também em espaços públicos.
É razoável imaginar-se que seja em decorrência de uma, de outra, ou das três razões que se seguem:
1º - o ambiente em que passam grande parte do tempo no exercício de suas atividades recomendaria a utilização de uma linguagem técnica;
2º - seria uma maneira própria dos cientistas do ramo exprimir-se até mesmo em função do grau de excelência dos seus conhecimentos e,
3º - mais do que desenvoltura, faltariam empenho e vontade política de traduzir o que se convencionou chamar de “economez” em algo acessível aos leigos, ou seja, à maior parcela da sociedade.
Condenar-se a mediocridade administrativa, a falta de sintonia ideológica, a corrupção incontrolada e, simultaneamente, se elogiar o sistema econômico vigente, no seu aspecto “macro, nessa fase de graves provações e humilhações por que passa a grande maioria dos compatriotas, não me parece um primor de coerência...
E não se aleguem desinteresse generalizado da imprensa e/ou leniência da Polícia Federal e do Ministério Público. Alguns segmentos ou agentes dos poderes executivo, legislativo e judiciário é que estão acumulando dívidas no cumprimento dos seus deveres constitucionais.
Talvez a miopia que em muitos casos acomete os poderosos de plantão tenha obnubilado-lhes a visão diante dos desatinos cometidos contra o País.
De resto, a malversação do erário virou lugar-comum. Em consequência, apesar do engodo ridículo da propaganda oficial, o conjunto da população amarga uma realidade sobremaneira perversa: uma crise ética e um abismo social desalentadores.
Historicamente costuma-se dizer que o Brasil é sempre maior do que a crise. A pergunta que não cala: até quando?

BOMBARDEIOS VERBAIS

Os segmentos oposicionistas considerados radicais não devem abrir mão de exercer na sua plenitude as prerrogativas atribuídas e asseguradas no Estado Democrático de Direito. Estrategicamente é discutível se é producente despejar bombardeios verbais de grande alcance sobre aqueles que também combatem o responsável maior pela exploração histórica das exuberantes riquezas do Maranhão e pelas mais dolorosas agruras da sua gente.


REPROVAÇÃO E INTOLERÂNCIA

Quando é feita referência à justa e legítima indignação expressada em tom uníssono e enfático pelos brasileiros, é óbvio que os maranhenses têm todas as razões imagináveis para se sentir explorados, vilipendiados e, sobretudo, injustiçados. Afinal de contas, as duas oligarquias cruéis que se seguiram nivelaram por baixo a qualidade das suas vidas. Será de bom alvitre que estejamos unidos, solidários, formando uma grande resistência pela libertação definitiva do Maranhão e de seu povo. Talvez daí tenha surgido a idéia do “palanque” único já.


OLIGARQUIA NUNCA MAIS!
 
Está incorporada ao adágio popular a assertiva de que o Brasil sempre foi maior do que a crise. Mas, os brasileiros, de um modo geral e, principalmente, os maranhenses sofridos têm plena consciência de que o poeta Geraldo Vandré estava coberto de razão quando, sabiamente, sentenciou: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer...”. O bonde da história, que teve a sua trajetória interrompida por um golpe judicial, retorna trazendo consigo a possibilidade de fazermos a nossa parte na concretização do sonho acalentado há mais de seis décadas: superar de uma vez por todas a tragédia humana que historicamente nos atormenta o espírito e fere o nosso corpo de morte. Ele (o bonde da esperança) e ela (a oportunidade de torná-la realidade) se aproximam: aqui estarão no dia três de outubro que se avizinha. Um aperto forte de mão, um abraço inesquecível e um pacto de honra com a LIBERDADE, o DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL e a JUSTIÇA SOCIAL. No nosso caso específico, OLIGARQUIA NUNCA MAIS!  

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

UM “TSUNAMI” DE ÁGUA FRIA NO MILAGRE DA ERA PT (*) (**)


Alguns dados incluídos no Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), que está sendo realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados a partir na quinta-feira, 8, através dos jornais e dos veículos de comunicação de massa (principalmente as emissoras de rádio e televisão) vem provocando reações diferenciadas.
Para os segmentos da sociedade geralmente melhor informados, não estão produzindo impactos. Não lhes representa novidade a notícia de que o Brasil está no rol dos países com péssima distribuição de renda em todo o Mundo.
Em relação aos milhões de “cidadãos” aos quais continuam sendo negadas as mínimas condições de vida digna, o fato novo é eles estarem se vendo na telinha da TV, notadamente da Globo. O seu cotidiano miserável, muito além das estatísticas frias, rompeu fronteiras por meio de reportagens mostradas para os cinco continentes.
Esta é a parte indesejada pelos incontidos apologistas do novo “milagre” que estaria sendo operado no Brasil, agora na era petista, desafiando a “nona economia” do Planeta.
Constata-se o imenso fosso entre os brasis distintos, contraditórios. Aquele portentoso a caminho do Primeiro Mundo, ostentado pela propaganda oficial (recentemente também na campanha eleitoral), com realizações fantásticas em todos os setores: avanços econômicos e sociais na mesma proporção das conquistas tecnológicas e científicas até pouco tempo inimagináveis; com muita gente rica e feliz e a realidade perversa estampada em um lado da moeda.
Na face até então deliberada, mas inutilmente omitida, destaca-se a tragédia social em que se resume a existência desumana de milhões de brasileiros órfãos do Estado, em sua maioria (sub) habitando regiões potencialmente ricas e exuberantes.
Uma imensa legião de pessoas subsiste às margens ou sobre as maiores reservas de água doce da Terra, mas não conta sequer com uma gota de água tratada. Esgotos a céu aberto fazem vítimas de doenças contraídas por contaminação hídrica diuturnamente, há décadas, ou séculos. Muitas vidas ceifadas; incontáveis e irreparáveis perdas que não constam com exatidão nas estatísticas.
São fatos reais documentados para a história com extraordinária repercussão. Um verdadeiro tsunami de água fria desabando sobre o ímpeto eufórico que tomou conta da cúpula palaciana, remetendo-nos a um passado de triste memória.

 O OUTRO MALFADADO MILAGRE (1)

“...Muita gente ainda se lembra e as novas gerações já dispõem de informações históricas confiáveis para checar. Delfim Neto servia à ditadura militar, nos idos de 1970, como ministro da Fazenda, quando anunciou o malfadado “milagre econômico”, que consistiria no crescimento das riquezas nacionais (o famoso bolo teria que aumentar) para depois ser dividido com a sociedade...

O OUTRO MALFADADO MILAGRE (2)

...Uma onda de anestesia coletiva pela conquista do tricampeonato mundial de futebol, no México, colaborou para que grande parcela de brasileiros assimilasse como verdadeiro o tal milagre. O conto-do-vigário foi desmascarado primeiro com a crise do petróleo a partir de 1973/74 e, de forma definitiva, pelas desastrosas consequências nos anos seguintes ao ciclo dos marechais e generais...

MAIS UMA DESASTROSA APELAÇÃO (1)

...Também todo-poderoso no comando das finanças públicas no Governo Fernando Henrique, Pedro Malan, por sua vez, evitou expressões que associassem o sentido miraculoso ao neoliberalismo, mas defendia ortodoxamente a idéia de que a centralização de recursos pela União asseguraria que fossem cumpridos rigorosamente os mandamentos do FMI, sobretudo quanto ao pagamento dos serviços da dívida. Com a sobra se promoveria a redistribuição entre estados e municípios e, sendo possível, far-se-ia algum investimento. Fossem às favas os setores produtivos e os dramas sociais. A tragédia delfiniana aproveitava o mesmo cenário, acrescentava alguns atos e mudava os atores...

MAIS UMA DESASTROSA APELAÇÃO (2)

...Ao mesmo tempo em que deu maior autonomia financeira, a Constituição de 1988 repassou a estados e municípios maiores atribuições, sobretudo nas áreas sociais, especialmente na Saúde e Educação. Como a União centraliza os recursos e os distribui a conta-gotas, desenhou-se um quadro perverso: Brasília fica com o maior volume de dinheiro e os entes federativos têm que enfrentar grandes demandas sociais com o mínimo que arrecadam. Quando uma administração é perdulária, sobra para quem a suceder um presente de grego. Quem paga a conta em última instância? É obvio: o sofrido povo brasileiro...”

(*) Com tópicos reproduzidos do livro A OLIGARQUIA DA SERPENTE.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

EXIGÊNCIA DAS SOCIEDADES DEMOCRÁTICAS

RENOVAÇÃO DE VALORES E LIDERANÇAS:




O Maranhão, todos sabemos, é um Estado potencialmente muito rico, mas, conforme uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, 68, 42% dos maranhenses vivem com menos de 100 reais por mês. Se com R$ 510,00, o salário-mínimo do País, uma família constituída de cinco pessoas precisa fazer mil malabarismos para sobreviver, imagine-se com a quinta parte do piso mínimo oficial! E isto acontecia exatamente quando os poderosos de plantão mandavam apregoar pelo Brasil que aqui vivíamos “um novo tempo”.

No ranking dos Estados com melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) o Maranhão na década de 1990 estava em penúltimo lugar, perdendo apenas para Alagoas. E, entre os 100 municípios mais pobres do Brasil, 83 estavam encravados neste Estado que se ombreava aos países mais miseráveis do planeta, como Etiópia, Congo, Gana, Quênia, Camarões e Namíbia. E, apesar de alguns avanços observados já neste século, o quadro não mudou de forma muito significativa.

Os números de organismos oficiais, e por isto mesmo isentos no tocante à política local, mostram o processo de aniquilamento da população maranhense, através da fome, da falta de assistência médica, de educação de qualidade e de trabalho digno.

Transformar esta realidade humilhante é uma batalha árdua, porque, à medida que se nega à população os benefícios de políticas públicas importantes para o desenvolvimento, uma pequena minoria locupleta-se dos recursos oficiais, na desmedida ambição por mais riqueza e poder.

Maniqueísmo à parte,vou permanecer ao lado dos conterrâneos sofridos, confiante de que, com o bonde da história passando em outubro próximo, quem deseja participar efetivamente da libertação definitiva do nosso Estado e dos maranhenses, não vai perdê-lo. A consciência cívica exige que sejamos parceiros, sujeitos ativos no processo de consolidação dessa memorável conquista.

É preciso que todos nós saibamos discernir o joio do trigo, não permitindo que os problemas acumulados ao longo do tempo sejam utilizados em proveito de políticos inescrupulosos que devem ser repelidos por todos os males causados ao Maranhão e sua gente. Mudanças nas práticas políticas e administrativas retrógradas, além da renovação de valores e lideranças são exigências históricas das sociedades democráticas.



TRANSFORMAR É PRECISO (1) (*)



“A política brasileira sofre, através do tempo, desgastes sucessivos, principalmente em razão dos mensalões, sanguessugas e vampiros que se alimentam com o dinheiro público. Desviam-se as verbas que deveriam ser destinadas à educação, saúde, infra-estrutura, assistência social e demais políticas de atendimento à população, estimulando a geração de emprego e renda. Por isso, é necessário que haja uma renovação na política nacional. Que pessoas efetivamente vocacionadas e idealistas surjam com o compromisso e a determinação de lutar e mudar a cara do Maranhão e do Brasil...



TRANSFORMAR É PRECISO (2) (*)



...É necessário que se resista à longa dominação de grupos sobre o Maranhão, tendo como principais consequências o atraso e a miséria de sua população. Que se estabeleça um posicionamento firme contra essa situação deplorável a que o Estado foi submetido, disputando a lanterna em todos índices econômicos e sociais...



PRIORIDADE PARA O MEIO AMBIENTE (*)



...É imprescindível que se mantenham as conquistas e ocorram avanços na luta em favor do meio ambiente e dos recursos naturais. Por exemplo: dando sequência à revitalização do Parque Ambiental do Itapiracó, cinturão verde situado entre os bairros do Cohatrac e Turu; do Parque Estadual do Mirador, onde nasce o rio Itapecuru, responsável pelo abastecimento de mais de 50 municípios maranhenses (entre eles a capital) e que havia sido literalmente abandonado na década de 1990; em ações eficazes no Parque Estadual Bacanga, que é responsável por 20% do abastecimento de água para São Luís; na preservação da Estação Ecológica do Rangedor, localizada entre os bairros Calhau e Cohafuma; na bacia do Rio Munim, assegurando o maior controle da qualidade das águas, assim como a preservação do rio por meio da participação conjunta das esferas de governo e da sociedade civil.”



(*) OTHELINO NETO é jornalista e ambientalista (Trechos extraídos do livro O POLVO).

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O POEMA DO BEM-COMUM... (*) (**)

Continuo interessado, com manifesta determinação (até aqui sem o menor êxito, infelizmente), em estudos esclarecedores sobre as verdadeiras causas que provocam um tipo de perda de memória que assumiu proporções de surto entre os políticos do Brasil.


É razoável que se encaminhe a investigação a partir de uma provável forma de amnésia. Nesse sentido, observei que a literatura médica não registra muitas variações desse tipo de anomalia (?) que se manifesta preferencialmente em determinado grupo social.

Não houve avanços nas pesquisas. A amnésia, em si, ainda de acordo o Houaiss, é definida “como a perda parcial ou total involuntária da memória.” Insistindo no assunto, entendi que poderia se tratar de um distúrbio com possibilidade de ser identificado e compreendido a partir da psicopatologia, um ramo da medicina dedicado ao estudo das transformações do modo de vida, do comportamento e da personalidade do indivíduo, que se desviam da norma e provocam sofrimento. E, por esse prisma, seria considerada uma enfermidade.

Mas, no caso específico dos políticos, os sofrimentos que a “amnésia” provoca, em vez de atingir os supostos “enfermos”, repercutem gravemente entre os cidadãos comuns que, quase sempre, são ludibriados na sua boa-fé em razão da onda de perda de memória que acomete principalmente os ocupantes dos cargos eletivos de maior relevância da Nação: presidentes da República, governadores, senadores, deputados, prefeitos etc.

Talvez a questão não tenha merecido maior atenção de Freud, o criador da teoria da alma, por não significar propriamente uma anomalia psicológica importante, mas, provavelmente, um desvio de caráter que apenas refletiria aspecto de personalidades ambíguas.

Expressando uma maneira dissimulada de autoproteção, a crise politiqueira não poderia, em respeito à verdade científica, ser tipificada como amnésia no sentido mais amplo.

De qualquer modo, tendo explicação científica ou não, dê-se o nome que quiser à “amnésia” em referência, a sua disseminação está fazendo escola e hoje é uma constante no cenário político-administrativo do País.

Por minha formação essencialmente humanística, é óbvio que estou tecendo estas considerações na condição de leigo em assuntos da área médica. É que (a exemplo de tantos outros brasileiros, maranhenses, são-luisenses) estou sendo vítima da traição, do engodo, do compromisso assumido e não honrado, da palavra empenhada e não cumprida, da falsidade, da hipocrisia de políticos inescrupulosos.

Esses personagens compõem o lado triste da vida. Não passam de reles impostores que tripudiam sobre a ética e nivelam por baixo a mais promissora, generosa e solidária potencialidade do ser humano: o dom de criar felicidade. A arte de promover a paz. A sabedoria de produzir desenvolvimento sustentável e distribuir justiça social. De se cumprir, enlevando-se na inspiração divina para compor o poema do bem-comum...



MEMÓRIA POLÍTICA DO ELEITORADO



Por sua vez, o sociólogo e professor Rafael Lucas Santos Valin, formado pela Unesp, faz uma espécie de simbiose entre as figuras do político pilantra e o eleitor alienado: “É absolutamente vergonhosa a falta de memória política do eleitorado brasileiro. A reaparição de antigos fantasmas prova que ao votar, os cidadãos não se lembram de governos e fatos passados. Apóiam-se em campanhas atuais e novas propostas de governo. Essas assombrações, contando com a amnésia política da população, realizam verdadeiras peças teatrais nos horários políticos, prometem “mundos e fundos” como em campanhas anteriores, que, muito provavelmente, não serão cumpridas. Um rouba, mas faz, outros contam com a influência prejudicial da mídia; muitas são as desculpas, poucos os argumentos factuais...”



O TROCO NO GOLPE JUDICIAL



Não há uma referência direta feita pelo intelectual. Mas até parece que o mestre estaria se referindo às recorrentes práticas político-eleitorais envolvendo os oligarcas tupiniquins e os seus seguidores. Todavia, a memorável jornada cívica de 2006, quando a Frente de Libertação do Maranhão impôs fragorosa derrota à dinastia reinante, representada pela herdeira Roseana Sarney, e elegeu o socialista Jackson Lago, justifica a crença na evolução da consciência crítica de nossa gente. Reforça, ainda, a confiança de que o golpe judicial que cassou o governador legitimamente eleito receberá o troco em outubro próximo...



DILEMA DA JUVENTUDE (*)



Em artigo publicado no JP, o jornalista e ambientalista Othelino Neto faz as observações que se seguem consideradas pertinentes, no momento em que aborda a importância fundamental da experiência e o dilema da juventude, a quem muitas vezes é negada a tão almejada e imprescindível oportunidade. Mas quando é contemplada corresponde às mais exigentes expectativas...



FRONTEIRA DA CIVILIZAÇÃO (*)



...“A experiência é uma das fronteiras da civilização. Portanto, deve ser considerada como elemento indispensável para que se concretizem os projetos humanos, quanto mais se forem decisivos como é o caso da preservação dos recursos naturais e do meio ambiente...



A RENOVAÇÃO É UMA EXIGÊNCIA DA NATUREZA (*)



...“Mas a renovação é uma exigência da natureza. Desde as coisas mais simples até as grandes conquistas científicas têm fases distintas até se chegar ao objetivo almejado. Têm começo, meio e fim. E se renovam. O novo, o revolucionário, também implica experiência. Há que acontecer, não surge aleatoriamente...



NAVEGAR É PRECISO... (*)



...“O Brasil estagnou durante mais de duas décadas, com repercussões imprevisíveis, porque sufocou a sua inteligência, inibiu a criatividade e impossibilitou a renovação de lideranças. Não há modelo pronto e acabado que anule os nossos receios e defina um futuro seguramente promissor. Temos que construí-lo com segurança, mas com certa ousadia. Navegar é preciso, viver é preciso. Quem tiver medo de tempestade não se lance ao mar...




A HISTÓRIA CONFIRMA (*)






A COLUNA DO OTHELINO



...“A história vem confirmando, com ações concretas e valorizadas essencialmente pela competência, zelo e responsabilidade pública, que os jovens, quando convocados, respondem com idealismo, vigor, eficiência e dignidade aos desafios que lhes são atribuídos.”



(*) OTHELINO NETO é jornalista e ambientalista (Trechos extraídos do livro O POLVO).

domingo, 5 de setembro de 2010

O Othelino que conheci!!!

Sexta Feira, 27 de Agosto conheci um homem!

Othelino Filho, escritor, jornalista
e advogado, referência da
resistência escrita no Maranhão
Era aniversário de sua esposa Yolete, sua amada, companheira ao longo de toda sua vida e mãe de seus filhos, entre eles um com o seu nome, o nome de seu pai:


- Othelino!


Por ser uma data comemorativa para aquela imaginei que ele não me dariam muita atenção, engano meu, aquele simpático senhor em sua mesa de café não só me convidou pra lhe acompanhar no café, como compartilhamos sem parar, infinitas histórias das nove às treze horas daquele dia, como se fôssemos velhos amigos e companheiros de militância.


Todo o panteon político maranhense e brasileiro desfilava em cenas grandiosas ou patéticas, célebres ou cômicas, desde os mais luminosos seres da nossa história recente como Neiva Moreira, Leonel Brizola, Jackson Lago e Outros até como diria George Lucas, o mais o lado negro da força, encabeçado por Sarney e seus asseclas, anões, bufões e nomeações e etc!


Soube dele a versão correta do assassinato de seu pai, Othelino Nova Alves, e de sua vinda para o Maranhão nos anos 60, e de como foi preso pela ditadura, soube dele, como formou sua família e de tudo que lutou para dar a formação educacional e moral que seus filhos têm.

Soube dele de uma vida que se narrada em romance não seria considerada literatura política e sim uma aventura épica, de um grande herói que havendo passado o tempo da capa e da espada se valia da pena e da letra, um herói que advogado como seu pai, foi pobre como seu povo, que sendo jornalista como seus colegas, foi militante como seus irmãos.

Othelino Neto nasceu em São Luís,
tem 35 anos, é jornalista (formado
pela Universidade Federal do Maranhão -
UFMA) , e economista (pelo UniCeuma).
É pós-graduado em Marketing Político
pela Faculdade de Administração e
Marketing de Brasília, com chancela da
George Washington University, uma das
mais conceituadas instituições dos Estados
Unidos na área de Marketing. É auditor de
controle externo concursado do Tribunal de
Contas do Estado. Foi secretário da Cultura,
Turismo e Esporte de São José de Ribamar,
secretário do Meio Ambiente e Recursos
Naturais do Maranhão e secretário de
Governo da Prefeitura Municipal de
São Luís.
Escritor junto com seu filho de quatro livros que retratam um Maranhão triste mas real, despido de máscaras e mentiras eleitoreiras, um Maranhão faminto, oprimido e sem esperança que vê raiar, depois de décadas do final da ditadura uma esperança de se libertador de uma oligarquia tirana e corrupta que a tantos anos saqueia, um Maranhão que anseia por libertação.


Um Othelino que entre a geração do pai mártir e do filho, também político, soube ser ele mesmo tudo que um homem de bem pode ser para si, sua família e sua nação, soube ser um farol pra que gerações como a minha, que escreve blogs não se esborrache nos rochedos dessa torpe política maranhense, de bigode e farda que não convence mais ninguém.


Não é de nenhum dos três Othelino's que esse blog vai tratar, mas da luta deles.

Aqui publicaremos os seus textos, as suas lutas e as nossas conquistas, aqui falaremos da libertação do Maranhão, aqui será o novo palanque para o velho militante e para o jovem lutador.

Bem vindos todos, ao novo blog do Othelino.

Fabiano Soares